quinta-feira, agosto 20, 2009
A arte de ser patroa
Desde manhã, eu e umas amigas e amigos temos trocado e-mails sobre empregadas novas em casas novas, com patrões novos rs tava rindo tanto que instiguei essa minha amiga a escrever sobre o assunto...vou postar porque passei mal de rir! ahahaha! E no fundo muita gente vai se achar no texto!
Enjoy!!!
A arte de ser patroa
por Júnia Ferrentini
Um dia você se depara com a delicada questão de ter que contratar uma empregada. Você relutou até aquele momento, garantindo para si mesma que daria conta do recado. Imagina se não conseguiria chegar do trabalho, passar no supermercado, cozinhar, lavar a louça e as roupas acumuladas, varrer o chão e ainda ter tempo de ver TV e ficar no computador.
Não, você simplesmente não consegue. E aí, tem que recorrer à família e às amigas para indicarem uma boa empregada. Sim, porque indicação já garante... 20% de acerto. Minha irmã me indicou uma faxineira. O legal é que ela já disse tudo o que eu precisava ouvir: olha, ela não é assim uma Brastemp, mas quebra um galho!
Era isso mesmo que eu estava precisando, um galhão. Afinal, eu tinha 2 dias para contratar uma faxineira que na verdade iria atuar mais como babá de cachorro, já que por causa de um tremendo impulso + vontade de ter filho adiada, encontrava-se, em minha área de serviço, um saltitante e mordedor filhotinho, com caminha e tudo. E eu tinha que ir trabalhar na segunda-feira. E largar o bebê sozinho??? Jamais.
Então, a Ana Paula começou seu novo emprego. A princípio, acho que ela estranhou. Trabalhar 4 vezes por semana em um apto em que mora só uma pessoa, que trabalha o dia todo, e nem cozinha? Ok, o salário não é dos melhores, mas o trabalho também não é dos piores.
Logo nos primeiros minutos, a pergunta desafiadora: “Devo chamá-la de Sra.?” Olha, nem eu me convenço deste aposto, ao me olhar todo dia no espelho. “Não, não precisa me chamar de Sra.” “Ah, tá bom. Então você quer que eu comece por onde?” Pronto, meus dias de respeito estavam contados.
Na primeira semana, correu tudo bem. Mas na segunda percebi que minha cara de “sra.” realmente não existia. O horário combinado já não estava mais sendo seguido. “Tudo bem eu sair uma hora mais cedo?” Tudo, Ana Paula. (É impressionante a minha vontade de me livrar dessas questões). Sair mais cedo foi combinado, mas e chegar mais tarde? Não lembro disso.
O bom é que ela é muito pró-ativa. Um dia chego do trabalho e não reconheço minha casa. Ou melhor, meu quarto. Tudo porque, num ímpeto de iniciativa e criatividade, todos os móveis estava trocados de lugar! Ah, um novo olhar sobre o mesmo, né? E um bilhete, que dizia: “Fiz uma surpresa, espero que goste. Um beijo, Ana Paula”. Bem nesse momento que fiquei em dúvida se quem escrevia era minha empregada, ou uma amiga querida...em que ponto exatamente as coisas se misturaram?
Difícil determinar. Ainda mais quando se recebe um telefonema no meio da manhã, e a empregada do outro lado da linha pergunta se pode comprar um pastel na Feira. Sim, porque na lista de compra não constava pastel. Mas como eu disse, ela é muito pró-ativa.
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2 comentários:
ahahahahahhahhahhaah
adorei o bilhete!!!
:)
Dri,
a ilustração ficou muito legal.
e adorei ver meu texto aqui"!
tks por publicar!
bjocas e vamos que vamos com os próximos capítulos, hehe.
Júnia
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